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Um trabalho DIVERGENTE

A work by DIVERGENTE

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Esta é uma reportagem dividida em quatro capítulos, resultado de uma investigação que decorreu entre os anos 2016 e 2021.

Para uma experiência completa, aconselhamos o visionamento no computador, em modo de ecrã inteiro, e com auscultadores.

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Durante a Guerra Colonial, Portugal recrutou um milhão e

quatrocentos mil militares para combaterem em Moçambique,

Angola e na Guiné.

Um terço destes homens eram africanos, na sua maioria negros.

A Guiné foi a única das três colónias a ter grupos de tropas

especiais constituídos apenas por africanos negros. Foi também o

território onde estes homens foram mais perseguidos depois de

1974. Nesta altura, os comandos africanos tornaram-se alvo de

perseguições, prisões e fuzilamentos.

Só foi possível Portugal manter-se em África até 1974 porque milhares de africanos foram integrados no Exército. O Estado colonial empurrou estes homens para a tropa, ao mesmo tempo que os aliciava com promessas de uma vida melhor.

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Em 1970, começaram a formar-se as Companhias de Comandos Africanos da Guiné, a única tropa de elite do Exército português integralmente composta por militares negros. Homens que assumiram a dianteira das operações mais difíceis e em quem as chefias militares confiaram de forma cega.

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Depois do 25 de Abril de 1974, os comandos africanos da Guiné foram as principais vítimas de um caldeirão político e social em ebulição. Portugal deixou-os para trás. O PAIGC viu neles uma ameaça, acusou-os de traição e perseguiu-os. Muitos até à morte.

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Com o fim da ditadura, Portugal saiu dos territórios que ocupava em África e deixou de se apresentar como uma nação multirracial. Quase 50 anos depois, os africanos que combateram no Exército não desistem de lutar pelos seus direitos: querem que lhes seja devolvida a nacionalidade portuguesa, e exigem ao Estado o pagamento das pensões de sangue, reforma e invalidez.

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